quarta-feira, 14 de maio de 2014

Olimpíada de Língua Portuguesa

A Olimpíada de Língua Portuguesa está  chegando e muito  material de apoio para as oficinas a nossa disposição. Como vou trabalhar, neste ano, o Gênero Memórias. Um dos livros de memórias que estou acabando de ler é o de Tatiana Belinky, Transplante de Menina. Recordações de uma imigrante que deixou a Rússia para descobrir o Brasil na primeira metade do século XX. Lembranças de brincadeiras  e cenas da infância  e juventude da autora. Em meio as lembranças familiares um pouco da cultura e lugares em que a autora guardou na lembrança  do país de origem e do Brasil, bem como das cidades e lugares que passou ou teve oportunidade de conhecer.  
                Quero partilhar um dos trechos que retrata muito bem a desigualdade e como são tratados os seres humanos, e que nos mostra nossa origem, nós que somos descendentes de emigrantes.
 
                " GENERAL MITRE tinha três classes: a primeira, dos passageiros ricos, que viajavam a passeio, toda bonita, com piscina, salão de festas, essas coisas; a segunda, tipo "turista", ainda boa e relativamente confortável;  e a terceira, bem simples,  para dizer o mínimo que era a nossa, preponderantemente  de emigrantes, gente sem recursos que ia tentar a sorte começar vida nova, em terras distantes e desconhecidas. A maioria das pessoas da terceira classe era gente do povo, camponeses, trabalhadores braçais, operários, gente pobre, fugindo da miséria e da falta de perspectivas  da própria pátria, na esperança de melhorar de vida, ganhar economizar algum dinheiro, para depois voltar ao país de origem, ou então mandar buscar a família, quem sabe. (...) O que não sabíamos é que existia  naquele  vapor  até uma espécie de quarta classe, que não era classe nenhuma, e sim o porão do navio. Só que ali acomodava-se - ou melhor dizendo, desacomodava-se - um grande grupo de trabalhadores negros , contratados e levados de não sei onde para algum lugar da América do Sul.Tomamos conhecimento disso lá pelo meio da viagem, em alto-mar, num episódio emocionante, assustador e finalmente apenas cômico."O restante pode ser conferido com a leitura do livro.
                     Um excelente livro de memórias, de linguagem acessível a todos e com linguagem fortemente  literária.  
                                                                                                   Até

terça-feira, 13 de maio de 2014

Um mundo novo

             De repente sem esperar  um tsunami atinge seu lar e há sobreviventes, graças a Deus. Então esses tem que recomeçar a vida. Foi o que aconteceu comigo.Nesse espaço de tempo em que fiquei afastada do meu blog houve uma separação física com duas pessoas importantes na minha vida. Posso dizer que meu esposo era meu porto seguro, meu maior incentivador e a vó minha guardiã. Sempre super protetora.Então, agora e recomeçar e ver como será. O tempo é responsável para  registrar tudo. E as memórias podemos registrá-las ou não.
           Cada um tem seu modo de recomeçar, no meu caso, só após 10 meses é que começa um raciocínio consciente, até então,tocando a vida. Posso dizer que Almir Sater define  com  sabias palavras o meu sentimento neste momento de minha vida, " Tocando em frente". Como diz a música "Cada um de nós compõe a sua história/Cada ser em si/Carrega o dom de ser capaz/E ser feliz. COM PAZ E AMOR É POSSÍVEL RETOMAR A CAMINHADA.

Ando devagar

Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
...
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir.
...
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente

Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
...
Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.

                                 Até