Reflexão -
Jesus está "aprontando comigo".
Sábado é dia de vó, os netos se encontram em meu apto. Isso já é
passado. Não nos encontramos mais. Um sábado diferente, sem os netos.
Fefe e Manu foram morar no México. Estou encontrando uma nova forma de estar com os netos uma vez por semana. Hoje José e Maria foram passear com os pais e por cuidado com a PANDEMIA decidi não ir junto.
Programei uma visita a casa do Pai e Mãe, na Catedral. Amo visitar lugares sagrados. No caminho como sempre vou planejando meu encontro. Queria o melhor. Vestida com um roupa de festa, perfumada. Afinal, o encontro era importante.
No meu planejamento estava a escuta. Coloquei - me a disposição e tranquila me dirigi a Capela do Santíssimo, lá é meu refúgio e fortaleza. Eu me sinto amada e em paz.
Invoquei o Espírito Santo ouvindo pelo celular e acompanhando cantando, A Nós Descei Divina Luz. Depois conversei com Jesus. Disse o quanto o amo e pedi perdão pelas minhas fraquezas, falhas humana.
Falei pra Jesus que queria ouvi - lo e pedi para mostrar seu amor por mim. Fiz silêncio e foi maravilhoso o que ouvi. No silêncio fiz uma revisão de vida e percebi que sou muito amada por Ele. Foi um momento divino.
Apresentei minha família, cada um individual, amigos e familiares e em especial os que estão precisando de luz e saúde. No momento de agradecer, agradeci por tudo o que ouvi no silêncio e percebi que tenho tudo. Aumentou a minha fé por perceber que Ele atende os meus pedidos.
Tinha programado para ficar duas horas diante do Santissimo, mas a presença de Deus foi tão forte que perdi a noção do tempo.
Já era meio dia e na Catedral estava apenas eu diante do Sacrário, com Jesus e Maria.
De repente ouvi uma voz pedindo ajuda, atrás de mim. Um ser humano com trajes simples, cabelos espalhados, longos, magro. Tinha um semblante dócil, de confiança, verdadeiro. Se identificou como "morador de rua". No momento pensei; "Jesus está aprontando comigo". Vi Jesus nesse Senhor. Ele mostrou as mãos, as pernas e falou que era diabético e tinha leucemia. Precisava se alimentar e desejava ir a Florianópolis, não tinha dinheiro para isso.
Pensei no que havia falado no caminho. Havia ido lá e queria fazer escuta se alguém precisasse. Fui convidada pelo pároco da Catedral para participar da pastoral da escuta. Aquele dia seria na Catedral. Sempre que estava lá havia alguém para conversar, melhor escutar, porém, a escuta se dá onde for o chamado.
Voltando ao senhor que se dirigiu a mim. Falei que o ajudaria, mas que primeiro me permitisse ouvi-lo. Eu e ele diante do sacrário, na Catedral, ninguém mais. Em momento algum tive receio. Transmitia confiança e paz. Um ser humano muito sábio. Contou de sua vida, não lamentou de nada do que havia passado.
Em poucos momentos teve lar. Qdo pequeno teve um lar, mas uma família desestruturada, assim deu para entender a vida que leva e o que o levou a essa vida .
Aconselhou - me para uma alimentação mais orgânica, se tivesse condição de seguir. Citou receitas para a saúde através dos alimentos orgânicos . Sempre dizendo que era difícil financeiramente para adquirir. Ele não podia usufruir desse privilégio, por isso da leucemia.
O questionei sobre o tratamento e dos direitos como um cidadão doente e morador de rua Mostrou- me exames e documentos que estava encaminhando , através de uma assistente social para receber uma pensão do INSS, pela doença. Confiante que conseguiria. E a receita dos remédios que usava.
Comentou sobre livros, professores e escola. Pedi sua formação, as primeiras séries do primeiro grau, apenas na sua infância frequentou escola. A paixão pela leitura era nata, gostava muito de leitura, lia sempre que encontrava oportunidade, citou livros que leu e recebeu de pessoas, as quais se aproximava. Surpreendeu- me pelo conhecimento.
As horas passaram depressa. Já. havia passado muito tempo do meu planejamento inicial. Convidei - o para falar com Deus e ele aceitou. Naquele momento agradecer a Deus era o que mais queria. Eu estava diante de um mistério. Se ele concordasse com o que falasse com Deus se quisesse poderia dizer amém. Era concordar com o que eu orava. Em vários momentos disse amém!
Fiquei surpresa por ele olhar serenamente para mim sorrindo e disse: --Também quero conversar com Deus, Mostrou- me a Cruz que tinha no peito, e fez questão de explicar sobre a cruz. - Apenas a Cruz, sem Jesus. Para ele Jesus está vivo e apontou para Jesus ressuscitado na parede.
Fez uma oração espontânea linda, profunda e extensa , não pediu nada e nem lamentou. Louvou e agradeceu a Deus por tudo. O tudo dele naquele momento era paz, amor, pela atenção recebida, por estar diante do Sacrário, pelo que ele iria receber pediu a Jesus para. me abençoar
Nos despedimos com um sorriso e um tchau, feliz pelo pouco que recebeu de mim em moeda e pelo muito que recebeu dos céus ., Quem seria esse ser humano? Um enviado de Deus?
odilabiesek@gmail.com
22/08/21
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